quarta-feira, 7 de maio de 2008

A cura pelo sofrimento


Texto Chave: II COR 1:3-7


Deus conforta Seu Povo! É maravilhoso quando um cristão atinge certo nível de maturidade ao ponto de vivenciar os SOFRIMENTOS de Cristo, no tocante a CURA que esses mesmos sofrimentos lhe proporcionam. O profeta Isaías em seu livro revelou que Cristo era o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer. Foi Ele traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades... (IS 53:3e5) Cristo homem de DORES... Porque será que Deus Pai permitiu que Jesus Homem passasse por todo sofrimento que Ele passou? Será que o nosso Senhor não poderia ter sido apenas crucificado? Ser apenas crucificado não seria suficientemente suficiente? Qual é o propósito do sofrimento de Jesus?Li em um livro de literatura cristã que em agosto de 1980, uma senhora de nome Sarah Parry, que estava morrendo de esclerose múltipla e tinha estado no hospital com essa enfermidade durante 25 anos, deu uma entrevista irradiada pela radio do País de Gales. Sarah estava quase totalmente paralisada do pescoço para baixo e praticamente incapaz de erguer um dedo. Ela falou de seu sofrimento com um leve sotaque galês e, ao fazê-lo sua FÉ cristã vívida reluzia: “É uma doença terrível; é uma doença cruel... fico ouvindo o radio... para me manter em dia com os acontecimentos. Fui abençoada com um senso de humor... é engraçado mais ainda aprecio a vida... tenho uma formação religiosa... não quero parecer uma falsa santa, mas acredito na oração”. Não há dúvida em minha mente e coração de que essa boa senhora, que morreu entre a gravação e a transmissão de sua entrevista, havia sido consolada pelo “Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo” (vs 3) e era uma missionária do consolo a qualquer pessoa que tivesse contato com ela.A palavra EMPATIA deriva dos termos gregos “sofrimento com” ou “sentimento dentro de” e acredito que Sarah manifestava uma empatia apurada ao lidar com os outros por causa de sua experiência de sofrimento. Creio que ela era capaz de projetar a sua personalidade no objeto de contemplação e, desse modo, compreendê-lo em sua totalidade, a fim de sentir algo de sua aflição ou desespero. Seria como estar na pele do outro, metaforicamente falando. Jesus foi o ser humano mais autêntico e experimentado em dores da face da terra, tendo uma compaixão e identificação ilimitada com qualquer ser humano que existiu, existe ou venha a existir e num nível elevado de empatia, a mensagem “estou ao seu lado” é inconfundivelmente clara, pois ela se harmoniza perfeitamente com os sentimentos do outro, e o próprio Senhor Jesus nos garante em Sua Palavra que “estaria conosco todos os dias até a consumação do século”.

Por que Deus não é sempre conhecido

"Podemos dizer, portanto, que assim como brilhar é da natureza da luz, também é da natureza de Deus se revelar-se. É verdade dizer que ele se oculta dos altamente sábios e cultos, mas isso somente porque são orgulhosos e não querem conhecê-lo; ele se revela aos pequeninos, isto é, às pessoas suficientemente humildes para acolher a revelação que ele fez de si mesmo (Mt 11.25,26). A razão principal por que as pessoas não conhecem Deus não é porque ele se oculta delas, mas sim porque elas se escondem dele."

(John Stott - Teólogo Inglês)

sábado, 3 de maio de 2008

Fé e Ciência



"Fé e ciência não se misturam". Era exatamente essa a minha mentalidade a respeito da relação entre a Fé e a Ciência. São dois pontos completamente divergentes e mutuamente excludentes. "Não se é possível caminhar numa compreensão entre a Fé e a Ciência", pensava eu. Como a subjetividade da Fé pode misturar-se com a objetividade da Ciência? Onde está Deus na Ciência e a Ciência em Deus?


David Hume, um filósofo e historiador francês, fez a seguinte afirmação: "Se tivermos em nossa mão, qualquer um livro - de divindade ou metafísica, por exemplo -, devemos perguntar: ele contém algum raciocínio abstrato relativo a quantidade ou números? Não. Ele contém algum raciocínio experimental em relação à matéria e à existência? Não. Então, jogue-o no fogo, pois contém apenas sofismas e ilusões". Você consegue visualizar as consequências das duas condições de Hume? Se ele estiver certo, todo livro que fale sobre Deus não tem sentido algum, principalmente a Bíblia. Difícil não?


E o que dizer de Immanuel Kant, um filósofo alemão que afirmou que a área do conhecimento é limitada ao mundo das experiências e que é inevitável que uma pessoa fracasse ao tentar conhecer coisas que são desconhecidas. Isso porque, de acordo com Kant, você só pode conhecer o fenômeno que sua mente categoriza do objeto e não o objeto propriamente dito. De acordo com kant, a existência de Deus não pode ser afirmada ou negada no campo teórico, nem pode ser cientificamente demonstrada pois Ele não existe. Será que estamos presos num agnosticismo sobre o mundo e o universo real?


Essas teorias desses pensadores de fato são uma pedra de tropeço na vida daqueles que buscam conhecer a Deus. Como se posicionar frente a esses argumentos? O que temos como provas científicas a respeito da existência de Deus? Como refutar argumentos que destroem a fé e que são cientificamente demonstrados?


Blaise Pascal um filósofo, físico e matemático, disse: "Quase que invariavelmente as pessoas formam suas crenças não baseadas nas provas, mas naquilo que elas acham atraente".


O apologético Normam Geisler, nos lembra que geralmente obtemos as informações com base na observação do mundo ao nosso redor, e então, tiramos conclusões gerais dessas observações. Ao observar alguma coisa repetida vezes, podemos concluir que algum princípio geral é verdadeiro. Esse método de se chegar a uma conclusão baseado em repetidas observações específicas é chamado de indução. Usamos esse método diversas vezes, em diversos momentos e é exatamente esse método que nos conduz a uma descoberta científica da existência de Deus.


Mas, como usar desse método de observação para investigar um ser não observável que é Deus? Deus não é espírito? Como os nossos sentidos podem nos ajudar a reunir informações sobre Deus? Simplesmente observando os seus efeitos. Por exemplo: não podemos observar a gravidade diretamente mas podemos observar os seus efeitos. Desses efeitos fazemos uma inferência racional quanto a existência de uma causa, ou seja, um objeto quando jogado para cima sempre caí devido a força da gravidade quando esta está presente.


Se para descobrir a força da gravidade e os seus efeitos foi preciso uma inteligência humana preexistente, será que existem efeitos observáveis que parecem requerer uma inteligência sobrenatural preexistente? Em outras palavras, existem efeitos observáveis que apontam para Deus? A resposta é sim e o primeiro efeito é o próprio Universo.


"A ciência sem a religião é aleijada; e a religião sem a ciência é cega". Para fazer tal afirmação, o físico alemão Albert Einstein, em seus estudos a respeito da Teoria Geral da Relatividade (espaço-matéria-tempo), não estava contente com o rumo que seus cálculos estavam tomando. Se os seus cálculos apontavam para comprovação de sua Teoria Geral da Relatividade, isso significa dizer que o Universo não é eterno, mas sim que teve um início, contrariando sua crença de que o Universo era estático e eterno. Houve até uma tentativa de sua parte de introduzir em suas equações o que os físicos chamaram de fator disfarce, com o intuito de afirmar que o Universo é estático e evitar a idéia de um início absoluto. Mas o matemático russo, Alexander Friedmann em 1922, mostrou oficialmente que o fator disfarce de Einstein era na verdade um erro algébrico (uma divisão por zero).


O astrônomo holandês, Willem de Sitter descobriu que para se afirmar que a Teoria da Relatividade de Einstein fosse verdadeira, o Universo teria que estar em expansão e não estático como pensava Eisntein. No entanto, em 1927 na Califórnia, o astrônomo Edwin Hubble observou a expansão do Universo de seu telescópio de 100 polegadas do observatório do monte Wilson (lei de Hubble). Em 1929 Einstein foi até o monte Wilson, observar pessoalmente a expansão do Universo através daquele telescópio e o que viu foi irrefutável! A evidência baseada na observação mostrou que o Universo estava realmente em expansão, como havia predito a Teoria da Relatividade. Eisntein agora, queria conhecer os pensamentos de Deus e saber como Ele havia criado o mundo e não estava interessado mais em pequenos fenômenos e detalhes.


Isaac Newton diante do projeto de nosso sistema solar fez a seguinte descrição: "Este belíssimo sistema no qual estão os sol, os planetas e os cometas, somente poderia proceder do desígnio e do poder absoluto de um Ser inteligente e poderoso". Olhar para as grandes descobertas a respeito do Universo e afirmar que o próprio Universo é obra do acaso é uma atitude irracional e de puro orgulho. Já não é mais uma questão racional daqueles que afirmam que o Universo é obra do acaso mas sim volitiva.


O Universo foi perfeitamente projetado para permitir a existência de vida humana na terra e essas condições ambientais formam o que é conhecido como princípio antrópico (humano). Dentro do princípio antrópico temos 5 constantes antrópicas que comprovam as condições ambientais de vida humana na terra.



Constante antrópica 1: Nível de oxigênio. O nível de oxigênio na terra corresponde a 21% e essa porcentagem de oxigênio é o que torna a vida possível na terra. Se esse nível fosse de 25% haveriam incêndios espontâneos na terra. Se esse nível fosse de 15% os seres humanos ficaram sufocados.



Constante antrópica 2: Transparência atmosférica. Se a atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre a superfície da terra. Se fosse mais transparente, seríamos bombardiados com muito mais radiação solar aqui na terra.



Cosntante antrópica 3: Interação gravitacional entre a terra e a lua. Se essa interação fosse maior do que é, os efeitos sobre as marés oceânicas, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam severos. Se fosse menor, as mudanças orbitais provocariam mudanças climáticas. Qualquer uma dessas situações a vida na terra seria impossível.



Constante antrópica 4: Nível de dióxido de carbono. Se o nível de Co2 fosse mais alto do que é agora, estaríamos sendo queimados devido ao enorme efeito estufa. Se o nível fosse menor, as plantas não conseguiriam manter uma fotossíntese eficiente e ficaríamos sufocados.



Constante antrópica 5: Gravidade. Se a força garvitacional fosse alterada em 0,oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo1 por cento, nosso sol não existiria e nós também não.



Existem mais de cem constantes definidas com bastante exatidão que apontam para um Projetista inteligente. O Acaso simplesmente não poderia ser o autor de grande obra pois o fato de o Universo existir e ser projetado da maneira que foi, indica que quem o projetou sabia exatamente quem habitaria a terra e quais as condições necessárias para que esses habitantes sobrevivessem. Qualquer erro, por mínimo que fosse, impossibilitaria a existência de vida na terra.



Existe sim uma relação entre Fé e Ciência. É possível sim caminhar numa compreensão entre elas e saber disso fundamenta e consolida mais a minha Fé num propósito humano de Deus criador.



"Somente um principiante que não sabe nada sobre ciência diria que a ciência descarta a fé. Se você realmente estudar a ciência, ela certamente o levará para mais perto de Deus." ( James Tour, nanocientista)





Fonte: Não tenho fé suficiente para ser ateu - Norman Geisler e Frank Turek

Deus da Racionalidade


"Toda pesquisa científica fundamenta-se na convicção de que o Universo é cheio de sentido. Há uma correspondência fundamental entre a mente do investigador e os dados investigados; e essa correspondência é a racionalidade. Por conseguinte, quando um cientista se depara com uma aparente irracionalidade, ele não a aceita como final... Ele continua lutando para buscar alguma forma racional por meio da qual os fatos possam se relacionar uns com os outros... Sem essa fé apaixonada na racionalidade suprema do mundo, a ciência hesitaria, estagnaria e morreria... Não é por acaso, portanto, que os pioneiros da revolução científica eram cristãos. Eles acreditavam que o Deus racional estampara a sua racionalidade tanto no mundo quanto neles".


(John Stott - Teólogo Inglês)